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Marta Mil Desafios


Fora da minha bolha de silêncio, no mundo real, a rotina aborrece-me. De morte. A minha motivação alimenta-se de mudanças, aprendizagens novas e desafios constantes. Se alguém em quem confio me desafia, vou, se me sinto a estagnar num projecto e surge outro, vou, se me convidam para alguma coisa que nunca fiz na vida, vou, e se sinto então aquele friozinho na barriga que mistura ansiedade com atitude, então aí vou de certeza. A minha motivação também se alimenta de concreto e de equilíbrio, o que parece que é o contrário de aceitar desafios, mas não é, porque sou ponderada e só dou passos certos na direcção da minha felicidade, da minha consciência e da minha paz. Sei, agora já nos tantos quarenta que me trouxeram "maturidade", essa palavra carregada de responsabilidade, que posso enfrentar desafios sem me deixar intimidar, que não tenho paciência para perdas de tempo, arrogâncias ou poucas humildades, que sou sempre a mesma para além das diferenças e que o que quero mesmo na vida é lonjura de quem não me quer por perto.

Aceito desafios sem medo. Todos os que eu quiser e entender. Porque a liberdade é o lado certo da história e a honestidade é o primeiro capítulo do livro da sabedoria.


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