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Natal


Pela fresta da porta viu luzes e lembrou-se vagamente que era natal. Reviu a casa cheia, as gargalhadas soltas na conversa da família, a ansiedade no peito das crianças, e até ouviu os sinos das renas que se aproximavam sempre pelas traseiras, o melhor lugar da quinta para parar o imenso trenó. Ainda teve tempo para ver chegar os netos e o bolo-rei antes da cabeça partir para outros lugares e depois fechou os olhos vagamente feliz.

marta, escritos soltos


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